Início
Em meio à bagunça do Los Angeles Convention Center, uma construção bem curiosa chama a atenção. Uma velha estação de trem retirada de uma Londres do século XIX contrasta com o ar tecnológico da E3. É algo tão diferente que basta estar ali perto para sentir que o próprio ar está mais pesado. Isso é The Order: 1886.
Todo esse o clima criado pela Sony para promover o game aqui na feira não é à toa. Como pudemos ver durante a conferência da empresa, a ambientação é parte que mais se destaca do jogo. Embora ele seja um shooter bastante dinâmico, o clima pesado é o que mais chama a atenção, prendendo o jogador e deixando-o completamente tenso. E, se o trailer foi o suficiente para deixar todo mundo ansioso, a demonstração que testamos vai deixar muita gente maluco.
Não tão inédita
Embora a possibilidade de jogar The Order seja realmente incrível, vale lembrar que a demo disponível aqui na E3 não é tão inédita assim. Trata-se da mesma versão que a Ready at Dawn exibiu durante uma transmissão no Twitch e também durante a conferência da Sony na América Latina na noite do dia 10 de junho. Ou seja: se você está acompanhando todas as novidades do game, não há nada de realmente inédito por aqui.
Contudo, poder colocar as mãos em um dos games mais aguardados da nova geração é algo completamente diferente do que simplesmente assistir a alguns vídeos.
A demonstração em si é bem rápida, mas não menos empolgante. Ela já começa colocando os personagens em meio a um tiroteio nas ruas de Londres. O grupo se esconde atrás de algumas construções enquanto os inimigos atacam do alto dos prédios. Chegou a hora de revidar as boas-vindas.
E a ambientação é o primeiro ponto que chama a atenção. Além da ótima construção de uma Londres vitoriana, The Order consegue criar um clima único ao usar um sistema bem peculiar de iluminação. A névoa que paira constante sobre a cidade é densa e você sente o peso do ar a todo o momento, criando uma sensação claustrofóbica e desconfortável.
O mais impressionante é que essa névoa não é simplesmente uma massa esbranquiçada usada para esconder coisas do cenário, como acontecia com o primeiro Silent Hill. Já estamos algumas gerações à frente do clássico da Konami e, como era de se esperar, o recurso também evoluiu. Em The Order: 1886, essa neblina é densa, mas você percebe as partículas à sua frente, deixando tudo ainda mais verossímil.
Como mencionado, a ambientação é parte importante dessa atmosfera e são esses pequenos elementos que fazem com que tudo se torne ainda mais interessante.
De volta à batalha
Em termos de jogabilidade, The Order não escapa do básico. Apesar de toda a pompa de sua apresentação, a mecânica continua sendo a básica de todo shooter moderno, ou seja, se esconder atrás de uma construção e atirar quando o inimigo der uma brecha. Só que, mesmo com essa cara de “jogo de murinho”, ele traz algumas particularidades que valem a pena conferir.
A principal são as armas, que possuem características bem particulares e que vão exigir um pouco mais de pensamento estratégico por parte do jogador em determinados momentos. Na demo, o personagem tinha somente dois itens à sua disposição: uma pistola comum e um rifle gigantesco, mas que funciona de maneira única.
Logo nos primeiros momentos, estranhei o fato de meus disparos com a segunda arma não causarem efeito algum no inimigo, se limitando a disparar algo que parecia ser água ou algo do tipo. Depois de algumas tentativas que você percebe que aquilo é, na verdade, algum tipo de material inflamável e o verdadeiro dano só acontece quando você atira uma espécie de bola de fogo. Dependendo de sua mira, isso cila uma explosão que atinge não somente seu alvo, mas outros inimigos que estão por perto.
É algo bem curioso e muito útil na hora do aperto. Como muito dos agressores se escondem em dupla no telhado dos prédios, basta uma única explosão para mandá-los para o inferno.
Os controles são bem simples, não fugindo do padrão de outros shooters. Confirmando aquilo que muita gente sentiu nos primeiros vídeos de jogabilidade, as semelhanças com Gears of War são nítidas – pelo menos nas mecânicas. A diferença é que você fica tenso do começo ao fim.
E, tão logo você elimina os inimigos desta primeira área, seu grupo avança e um aliado é atingido. Com um ambiente tão hostil, é preciso tirá-lo do meio da rua e levá-lo a algum lugar de segurança. Como nada é fácil nessa vida, mais adversários aparecem e chegou a hora de usar sua pequena pistola para dar cabo deles.
Esse ar de perigo constante permeia toda a demonstração, mesmo não tendo nenhuma ameaça sobrenatural à nossa frente. O único problema é que, pelo menos na versão que estava disponível para teste, você realmente não se sentia em perigo com a grande quantidade de inimigos. Seja pelo fato de o herói esta rodeado de aliados ou pelos agressores tombarem com somente dois tiros, você não se sente prestes a tombar.
Ainda assim, caso as coisas apertem, o jogador pode ativar o chamado Blacksight, um recurso que deixa tudo mais lento e permite que você atire em um ou vários inimigos com mais precisão e mais tempo. Trata-se daquela mesma câmera lenta que já vimos em tantos outros jogos e que faz seu retorno em The Order.
Passado o sufoco do tiroteio, o herói e seus companheiros se escondem dentro de um prédio para se reagrupar e ajudar o amigo ferido. Enquanto isso, você tem tempo para explorar o local em busca de novas armas munição e outros itens de seu interesse. Assim como em Gears of War, trata-se daquele momento para respirar antes de voltar à ação.
E não demora para que isso aconteça. Tão logo você dê adeus ao companheiro caído, mais inimigos aparecem e os tiroteios retornam, levando a demonstração para seu desfecho.
Filme ou jogo?
Enquanto a mecânica de The Order: 1886 não traz nada de revolucionário, o jogo se destaca por seu visual. É um alívio e tanto ver que tudo aquilo que nos foi prometido em termos visuais está sendo cumprido. O game está incrível e você vai ficar de queixo caído quando ver tudo isso em ação.
Toda a parte de texturas, modelagem e quantidade de detalhes está muito bem feita e é impossível não se encantar com o resultado apresentado. O nível de realismo está fantástico, estando bem próximo daquilo que muitos sonhavam em ver na nova geração.
O que mais impressiona é que você não percebe quando a cena pré-renderizada acaba e quando você já pode controlar seu personagem. A transição é tão natural e fluida que não há como perceber quando acaba um e começa outro.
Futuro promissor
Por fim, The Order: 1886 chega à E3 com muitas promessas e consegue cumprir muitas delas, deixando-nos mais ansiosos ainda com seu lançamento. Por mais que sua jogabilidade não fuja do padrão “jogo de murinho”, parecendo muito ser o Gears of War da Sony – sim, as comparações são inevitáveis –, a ambientação e a parte visual já são o suficiente para deixar todo mundo empolgado com o que está por vir. Agora é torcer que o restante do jogo seja tão bom quanto a demo deu a entender.
Fonte: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Todo esse o clima criado pela Sony para promover o game aqui na feira não é à toa. Como pudemos ver durante a conferência da empresa, a ambientação é parte que mais se destaca do jogo. Embora ele seja um shooter bastante dinâmico, o clima pesado é o que mais chama a atenção, prendendo o jogador e deixando-o completamente tenso. E, se o trailer foi o suficiente para deixar todo mundo ansioso, a demonstração que testamos vai deixar muita gente maluco.
Não tão inédita
Embora a possibilidade de jogar The Order seja realmente incrível, vale lembrar que a demo disponível aqui na E3 não é tão inédita assim. Trata-se da mesma versão que a Ready at Dawn exibiu durante uma transmissão no Twitch e também durante a conferência da Sony na América Latina na noite do dia 10 de junho. Ou seja: se você está acompanhando todas as novidades do game, não há nada de realmente inédito por aqui.
Contudo, poder colocar as mãos em um dos games mais aguardados da nova geração é algo completamente diferente do que simplesmente assistir a alguns vídeos.
A demonstração em si é bem rápida, mas não menos empolgante. Ela já começa colocando os personagens em meio a um tiroteio nas ruas de Londres. O grupo se esconde atrás de algumas construções enquanto os inimigos atacam do alto dos prédios. Chegou a hora de revidar as boas-vindas.
E a ambientação é o primeiro ponto que chama a atenção. Além da ótima construção de uma Londres vitoriana, The Order consegue criar um clima único ao usar um sistema bem peculiar de iluminação. A névoa que paira constante sobre a cidade é densa e você sente o peso do ar a todo o momento, criando uma sensação claustrofóbica e desconfortável.
O mais impressionante é que essa névoa não é simplesmente uma massa esbranquiçada usada para esconder coisas do cenário, como acontecia com o primeiro Silent Hill. Já estamos algumas gerações à frente do clássico da Konami e, como era de se esperar, o recurso também evoluiu. Em The Order: 1886, essa neblina é densa, mas você percebe as partículas à sua frente, deixando tudo ainda mais verossímil.
Como mencionado, a ambientação é parte importante dessa atmosfera e são esses pequenos elementos que fazem com que tudo se torne ainda mais interessante.
De volta à batalha
Em termos de jogabilidade, The Order não escapa do básico. Apesar de toda a pompa de sua apresentação, a mecânica continua sendo a básica de todo shooter moderno, ou seja, se esconder atrás de uma construção e atirar quando o inimigo der uma brecha. Só que, mesmo com essa cara de “jogo de murinho”, ele traz algumas particularidades que valem a pena conferir.
A principal são as armas, que possuem características bem particulares e que vão exigir um pouco mais de pensamento estratégico por parte do jogador em determinados momentos. Na demo, o personagem tinha somente dois itens à sua disposição: uma pistola comum e um rifle gigantesco, mas que funciona de maneira única.
Logo nos primeiros momentos, estranhei o fato de meus disparos com a segunda arma não causarem efeito algum no inimigo, se limitando a disparar algo que parecia ser água ou algo do tipo. Depois de algumas tentativas que você percebe que aquilo é, na verdade, algum tipo de material inflamável e o verdadeiro dano só acontece quando você atira uma espécie de bola de fogo. Dependendo de sua mira, isso cila uma explosão que atinge não somente seu alvo, mas outros inimigos que estão por perto.
É algo bem curioso e muito útil na hora do aperto. Como muito dos agressores se escondem em dupla no telhado dos prédios, basta uma única explosão para mandá-los para o inferno.
Os controles são bem simples, não fugindo do padrão de outros shooters. Confirmando aquilo que muita gente sentiu nos primeiros vídeos de jogabilidade, as semelhanças com Gears of War são nítidas – pelo menos nas mecânicas. A diferença é que você fica tenso do começo ao fim.
E, tão logo você elimina os inimigos desta primeira área, seu grupo avança e um aliado é atingido. Com um ambiente tão hostil, é preciso tirá-lo do meio da rua e levá-lo a algum lugar de segurança. Como nada é fácil nessa vida, mais adversários aparecem e chegou a hora de usar sua pequena pistola para dar cabo deles.
Esse ar de perigo constante permeia toda a demonstração, mesmo não tendo nenhuma ameaça sobrenatural à nossa frente. O único problema é que, pelo menos na versão que estava disponível para teste, você realmente não se sentia em perigo com a grande quantidade de inimigos. Seja pelo fato de o herói esta rodeado de aliados ou pelos agressores tombarem com somente dois tiros, você não se sente prestes a tombar.
Ainda assim, caso as coisas apertem, o jogador pode ativar o chamado Blacksight, um recurso que deixa tudo mais lento e permite que você atire em um ou vários inimigos com mais precisão e mais tempo. Trata-se daquela mesma câmera lenta que já vimos em tantos outros jogos e que faz seu retorno em The Order.
Passado o sufoco do tiroteio, o herói e seus companheiros se escondem dentro de um prédio para se reagrupar e ajudar o amigo ferido. Enquanto isso, você tem tempo para explorar o local em busca de novas armas munição e outros itens de seu interesse. Assim como em Gears of War, trata-se daquele momento para respirar antes de voltar à ação.
E não demora para que isso aconteça. Tão logo você dê adeus ao companheiro caído, mais inimigos aparecem e os tiroteios retornam, levando a demonstração para seu desfecho.
Filme ou jogo?
Enquanto a mecânica de The Order: 1886 não traz nada de revolucionário, o jogo se destaca por seu visual. É um alívio e tanto ver que tudo aquilo que nos foi prometido em termos visuais está sendo cumprido. O game está incrível e você vai ficar de queixo caído quando ver tudo isso em ação.
Toda a parte de texturas, modelagem e quantidade de detalhes está muito bem feita e é impossível não se encantar com o resultado apresentado. O nível de realismo está fantástico, estando bem próximo daquilo que muitos sonhavam em ver na nova geração.
O que mais impressiona é que você não percebe quando a cena pré-renderizada acaba e quando você já pode controlar seu personagem. A transição é tão natural e fluida que não há como perceber quando acaba um e começa outro.
Futuro promissor
Por fim, The Order: 1886 chega à E3 com muitas promessas e consegue cumprir muitas delas, deixando-nos mais ansiosos ainda com seu lançamento. Por mais que sua jogabilidade não fuja do padrão “jogo de murinho”, parecendo muito ser o Gears of War da Sony – sim, as comparações são inevitáveis –, a ambientação e a parte visual já são o suficiente para deixar todo mundo empolgado com o que está por vir. Agora é torcer que o restante do jogo seja tão bom quanto a demo deu a entender.
Fonte: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
